quinta-feira, 29 de março de 2012

Reunião ordinária do FOGEM, mês abril/12

Olá colegas gestores e educadores!!

Retomaremos as reuniões ordinária mensal do FOGEM, a partir de abril. Lembrem-se: primeira quarta de cada mês, às 14h30, no CEMURE. Em abril será dia 04. Dia 5, as 15h, no gabinete SME, temos agendado encontro com o secretário Walter Fonseca. Vamos construir a pauta juntos, façam comentários ao final desse informativo.

PAUTA (provisória):
1) Informativos afins
2) Mudanças no cardápio da merenda e sua aplicabilidade
3) Situação de contrapartidas para o programa Mais Educação
4) outras a incluir.

quarta-feira, 28 de março de 2012

INFORMES DO SINTE RN

26/03/2012 Capital

Assembleia do município é antecipada

A comissão de negociação e a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, decidiram que a assembleia do município de Natal será antecipada para o dia 29 de março, às 9h na ASSEN. A pauta está mantida e o cartaz com as informações chegará nesta segunda-feira (26) às Escolas e CMEIs. É importante que a assembleia conte com a participação de todos e todas, pois além da reafirmação da resistência e luta da categoria, o encontro será um momento de análise mais aprofundada da campanha salarial.

sábado, 17 de março de 2012

DICAS PARA NUNCA SE METER EM POLÍTICA


1º - DEIXE BEM CLARO A TODA HORA O QUANTO VOCÊ ODEIA POLITICA. Essa atitude lhe mantém, pelo menos na sua consciência, isento de qualquer obrigação em analisar os problemas da realidade;
2º - NÃO VOTE EM NINGUÉM, VOTE BRANCO OU NULO. Dessa forma você fica em uma situação bem cômoda caso os governantes ou representantes públicos escolhidos cometam atrocidades contra todos, inclusive contra você e a sua família.
3º - ADMITA SEMPRE PARA VOCÊ E PARA TODO MUNDO: “POLITICO É TUDO IGUAL”. - Isso já lhe evita de ter que pesquisar sobre esse ou sobre aquele para saber quem é melhor. Se algum incompetente ganhar, foi a vontade de Deus.
4º - NADA DE AJUDAR NA CAMPANHA DE ALGUM CANDITATO. A não ser que ele lhe dê algo particularmente em troca. Se depois ele se mostrar um corrupto, sem ética e sem escrúpulos, você apenas vai ficar sem escolas de qualidade; sem segurança e sem ter aonde recorrer em caso de problemas de saúde.
5º - CASO VOTE EM ALGUÉM, NEM PRECISA GUARDAR NA MEMÓRIA QUEM FOI. Desse jeito você não se lembra a  quem cobrar as promessas de campanha quando os candidatos assumirem os postos e não terá que se incomodar com protestos e com denuncias, se for o caso.
6º - CONVENÇA-SE E TENTE CONVENCER SEMPRE OS OUTROS DE QUE NINGUÉM PODE FAZER NADA, QUE “MANDA QUEM PODE E OBEDECE QUEM TEM JUÍZO” Depois, basta abaixar a cabeça, dizer amém pra tudo, para não se prejudicar no trabalho ou socialmente. Afinal, “bestas” foram os que perderam a vida para que a gente tivesse hoje o direito de votar.                   (@prof_lucena)

sexta-feira, 9 de março de 2012

GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: UM DESAFIO DO SÉCULO XXI



Sonia Cristina de Oliveira, Cleomar Ferreira Gomes
Um diretor de escola é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidade e consistência na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos, suas ações tenha em mente o conjunto todo da escola e seu papel educacional. Não apenas imediato, mas de repercussão no futuro, em acordo com visão estratégica e com amplas políticas educacionais. (LUCK, 2000).

Este artigo analisa algumas questões atinentes à gestão escolar e às exigências necessárias à formação dos responsáveis pelas escolas, frente às demandas atuais e ao contexto de uma sociedade que se transforma e se modifica constantemente.  Gestar uma escola significa ser dotado de conhecimentos pedagógicos para compreender o processo educacional, compreender a função da escola, articular políticas de formação com a política de gestão – visão estratégica e possuir um novo olhar quanto à construção do projeto político pedagógico que é uma ferramenta que possibilita gestão democrática. 
A gestão democrática ainda se encontra muito em aberto à construção do conhecimento e à aprendizagem, dada a dificuldade que se tem de mudanças de paradigmas. Estas não acontecem de forma rápida, pois consistem em um processo histórico e construído com muita dificuldade pela sociedade. Durante muito tempo, a educação viveu apenas sob o domínio do modelo da modernidade fincado em suas verdades prontas, em seus conhecimentos cristalizados e sem direito à participação da coletividade.   Atualmente, para dar conta de um novo modelo organizacional na escola é preciso passar por várias mudanças como, por exemplo, de paradigma.  É preciso, ainda assimilar novas formas de se relacionar com o conhecimento, a pesquisa, a organização e a função da comunidade no envolvimento da educação. Para atuar em um novo modelo de escola é necessário também compreender sua função, conforme Rios (1993, p. 38).
A escola não está nem fora da sociedade, com uma autonomia absoluta diante dos fatos que estimulam as mudanças sociais, nem muito menos numa relação de subordinação absoluta, que a converte em mera reprodutora do que ocorre em nível mais amplo na sociedade. A escola é parte da sociedade e tem com o todo uma relação dialética – há uma interferência recíproca que atravessa todas as instituições que constituem o social. Alem disso, podemos verificar que a escola tem uma função contraditória – ao mesmo tempo em que é fator de manutenção, ela transforma a cultura.
A escola mantém e transforma ao mesmo tempo, influência e é influenciada pela sociedade.  Neste sentido, destaca-se a importância da formação daqueles que administram as escolas, seus conhecimentos pedagógicos para compreender o processo educacional precisa passar por uma profunda reflexão filosófica sobre a educação, revelando o domínio ético, político e a compreensão da autonomia fundada no respeito à diversidade, à riqueza das culturas e à procura da superação das marcantes desigualdades locais e regionais na partição e no envolvimento de todos.
Essa mudança de paradigma tão necessária nas escolas deve perpassar pela implantação de novas práticas voltadas para interação, participação, envolvimento e buscas de parcerias para solução de problemas e ampliação de novos olhares no contexto educativo.  A educação é um processo que se deve ligar ao mundo do trabalho e à prática social, portanto, é necessária a participação para se construir projetos voltados aos anseios da coletividade. E também se fazer política no sentido de modificar a sociedade e ser modificado por ela, para tanto é necessária visão política. As ações educativas estão permeadas das ações políticas, aqui compreende-se a importância dos gestores escolares possuírem uma formação que venha ao encontro dessa demanda, com visão estratégica de futuro.  Pois,
A escola se encontra no centro de atenções da sociedade. Isto porque reconhece que a educação, na sociedade globalizada e economia centrada no conhecimento, constitui grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, assim como condição importante para a qualidade de vida das pessoas. Luck (2000, p. 12).
Este é um enfoque que, se adotado, exige que se abandone o modelo arcaico, antigo e fundado na cobrança.  É preciso que o gestor tenha um novo perfil, com especial atenção às diversas demandas sociais que surgem, é essencial que tenha, também, novos conhecimento e habilidades para que possa dar conta dessa educação que é responsabilidade de todos.  O envolvimento de professores, equipe técnico-pedagógica, funcionários, alunos, pais e comunidade, devem formar um jeito diferente de compreender o papel da escola e sua gestão. Neste modelo, o trabalho deve ser entendido como prática social e orientador da ação de gestão realizada na organização de ensino.
Conforme Luck (2000), o paradigma de gestão escolar tem como base alguns fundamentos muito necessários para a implantação do modelo: a) a realidade é global onde tudo está interligado; b) a realidade é dinâmica construída pelas interações entre as pessoas; c) o ambiente social e comportamento humano são dinâmicos e imprevisíveis; d) a incerteza, ambigüidade, contradições, tensões, conflito e crise são vistos como naturais e como condição e oportunidade de crescimento e transformação; e) a busca de realização e sucesso corresponde a um processo e não a uma meta; f) a responsabilidade maior do dirigente é a articulação; g) as boas experiências não devem ser copiadas, sim resignificadas por causa das peculiaridades locais e organizacionais; h) as organizações devem priorizar a participação conjunta e mobilizar equipes atuantes, pois os talentos e a sinergia humanos são recursos poderosos numa organização. Estes aspectos são essenciais na visão democrática como garantia de mudanças comportamentais e organizacionais.
 Frente às pressões por que um gestor passa, fica evidente que ele necessita de formação condizente com o modelo de gestão que adotou, senão corre o risco de ser dominado pelo sistema ao invés de funcionar como um modificador e transformador do mesmo. Ele deve participar de formação continuada, construir projetos políticos pedagógicos que possibilitem a inclusão social e lutar pelos direitos humanos, para tanto priorizando as categorias de autonomia, democracia, currículo e formação continuada dos professores e da comunidade. Não separando também a realidade social da escola e os referenciais teóricos. Conforme ressalta Freire (2002) uma educação em favor da autonomia do ser. Finalmente, outro aspecto essencial na gestão democrática é evitar a rotatividade, este fato traz a descontinuidade dos processos e prejudica o amadurecido para as transformações.
Referências bibliográficas.
André, Marli (Org).O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 3.ed. São Paulo: Papirus, 2002.
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 23.ed. São Paulo:Paz e Terra, 2002.
Pereira, Júlio Emílio Diniz. Formação de professores – pesquisas, representações e poder. Belo Horizonte: Autentica, 2000.
Pimenta, Selma Garrido (org). Saberes pedagógicos e atividade docente. 2ªed. São Paulo: Cortez, 2000.
Luck, H. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à formação de seus gestores. Em aberto, Brasília, v. 17, n.72, 11-33, fev. /jun.2000.
Veiga, I.P.A. Educação básica e Educação Superior: projeto político pedagógico. Campinas. Papirus, 2004.
Publicado em 08/07/2005 15:30:00

Sonia Cristina de Oliveira, Cleomar Ferreira Gomes - Sonia Cristina de Oliveira: Psicóloga no Estado de Mato Grosso. Mestre em Educação pela UFMT. Especialização em Psicopedagogia pela UNIC e Especialização em Dinâmica de grupos pela UFMT. Professora no Curso de Direito da Universidade de Cuiabá – UNIC.      
Cleomar Ferreira Gomes:
 Professor Doutor da Universidade Federal de Mato Grosso do Programa de Pós-Graduação em  Educação